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O PESO DA DOR

A dor crônica é daquelas sensações que parecem valer qualquer esforço.
Dos métodos mais tradicionais, passando pelas abordagens complementares, e mesmo recorrendo a algumas crenças populares, há quem “faça qualquer negócio” para se livrar do sofrimento.

Isso leva a duas práticas perigosas: a automedicação e o abuso de analgésicos. Também já se foi a época em que se abordava dor só com medicamentos.
Hoje, a tendência é a intervenção multidisciplinar: com profissionais de diversas áreas atuando em conjunto com um único objetivo: eliminar ou controlar a dor, promovendo o bem-estar do paciente.

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O tratamento multidisciplinar é visto como a chave do sucesso, pois combina analgésicos e medicamentos com atividades físicas, fisioterapia, psicologia.
Quase sempre os pacientes de dor crônica têm também dores musculares, o que exige fisioterapia.
Além disso, é preciso cuidar que o sono seja reparador, já que aqueles que não descansam entram em fadiga crônica, potencializando a dor.
É importante pensar no básico. Além da medicação certa, é imprescindível que as pessoas aprendam a dormir melhor, façam atividade física e cuidem da alimentação. Em alguns tipos de dor o controle do peso é imprescindível, caso das artroses no joelho.
O preconceito é outro problema. O fato de a dor ser algo subjetivo, difícil de mensurar, colabora para a descrença até de familiares.
Segundo Portnoi, há um descrédito social em relação à dor, fazendo com que, às vezes, ela se torne até um estigma.
“Há uma ignorância da maioria das pessoas sobre a dor crônica. Na família o problema é ainda maior porque se sofre junto ao paciente. Quando um membro fica incapacitado pela dor, os demais ficam sobrecarregados. Uma coisa é a sociedade e o empregador lidar com a dor do outro, outra coisa é o cônjuge, o filho, os pais verem tamanho sofrimento e por ele serem afetados.
Dor não é sinônimo de sofrimento. Eles andam juntos. A dor é inevitável quando é crônica, mas sofrer com ela é opcional. Essas pessoas precisam encontrar caminhos para resgatarem sua saúde física, mesmo com a dor”, defende.

Carolina Cotta
Publicação: jornal EM 16/06/2016

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