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Funcionamento da tireóide influencia na qualidade de vida

 

Especialista alerta para sintomas do funcionamento irregular da glândula

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Responsável pelo funcionamento harmonioso do organismo, a tireóide é uma glândula em forma de borboleta, localizada no pescoço, logo abaixo da cartilagem conhecida como “Pomo de Adão” (gogó). A glândula produz hormônios que são considerados como combustíveis das células do organismo. Quando há algum problema nesses hormônios (que podem ser produzidos em excesso ou em quantidade insuficiente), o indivíduo desenvolve os chamados hiper ou o hipotiroidismo.

Segundo o endocrinologista e especialista em doenças da glândula tireóide, Dr. Jader Pereira, apesar de ser relativamente pequena, a tireóide é fundamental para o funcionamento de vários órgãos como o coração, o fígado, os rins e o ovário. “A tireoide muda todo o funcionamento do organismo. Ela tem o poder de influenciar desde o crescimento dos cabelos e das unhas até a nossa energia para realizar as atividades do cotidiano. Tanto a alta, quanto a baixa produção dos hormônios vai influenciar muito na qualidade de vida das pessoas. E geralmente, influencia negativamente. Por isso precisamos ter os níveis hormonais balanceados”.

Além das ocorrências de baixa ou aumento na produção dos hormônios T3 e T4, um dos problemas mais frequentes da tireoide são os nódulos. Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia dão conta de que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. A ocorrência, entretanto, não caracteriza, sempre, que esses nódulos sejam malignos. De toda forma, reconhecer precocemente a presença de caroços na região do pescoço pode ser determinante. Uma vez identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para confirmar a presença ou não de um tumor cancerígeno.

Estudos apontam que, em grande parte dos casos, as doenças tireoidianas são auto-imunes. Ou seja: o paciente cria um anticorpo que ataca ele mesmo. É o que ocorre tanto no caso do hipertiroidismo, que é quando o anticorpo manda a tireóide trabalhar mais, quanto no hipotiroidismo, que acontece quando anticorpos bloqueiam o funcionamento da glândula. “A glândula produz hormônios denominados T3 e T4. Conseguimos viver sem outras glândulas como os ovários e os testículos, mas sem a tireoide, não”, afirma Dr. Jader, que defende ainda que o estresse pode influenciar, significativamente, para o desencadeamento da doença. “Quando a pessoa está em um estresse maior, você pode iniciar a produção do anticorpo tanto para bloquear ou estimular, causando as duas doenças. Uma pessoa que dorme bem, tem boa alimentação, se exercita e está em equilíbrio emocional fica menos propensa a desenvolver esse tipo de doença, pois o fator emocional é um desencadeador importante”, explica.

Nos idosos, os sintomas podem ser confundidos e é preciso ficar atento, já que a doença pode ser confundida com depressão. “A pessoa pode estar tendo uma angustia por causa da alta de hormônios. Na pessoa jovem é fácil identificar os sintomas, pois o paciente tem palpitações, perda de peso e transpira mais. Nos idosos, entretanto, não são emitidos muitos sinais, mas o coração pode acelerar e o paciente sofrer uma fibrilação arterial, por isso é importante ficar atento”.

DOENÇAS DA TIREOIDE NA GRAVIDEZ A mulher grávida necessita de 50% mais hormônios do que a mulher que não está grávida, por isso é preciso precaver e fazer o exame para identificar a doença. “Se a gestante estiver com baixos níveis de hormônio, há risco de aborto, má formação do feto, retardo de desenvolvimento e aumento de pressão. Neste caso, quando diagnosticada essa baixa, a paciente deve ser medicada com remédios que ofereçam o hormônio da tireoide também para a criança”, explica Dr. Jader.

TRATAMENTODe acordo com o especialista, para tratar as doenças da tireóide é preciso, acima de tudo, disciplina. “Apesar do tratamento ser simples, é preciso responsabilidade e disciplina já que é preciso tomar os medicamentos em jejum e sempre no mesmo horário para evitar variação nos níveis hormonais.”, explica.
Já o excesso hipertiroidismo requer um tratamento mais complicado. “Os medicamentos podem causar efeitos colaterais importantes e, em alguns casos, intervenções cirúrgicas. Nesse caso, o paciente precisa tomar o hormônio pelo resto da vida”.

HIPERTIROIDISMO
Quando a glândula produz os hormônios T3 e T4 em excesso, o corpo do paciente começa a funcionar mais rápido e então os sintomas ficam evidentes. Conheça alguns deles:
• Diminuição do sono;
• Taquicardia (o coração dispara);
• Intestino solto;
• Agitação;
• Sensação de muita energia, embora apresentemos cansaço;
• Crescimento acelerado dos cabelos, mas com queda acentuada dos fios;
• Enfraquecimento das unhas;
• Calor acentuado;

HIPOTIROIDISMO
Com a falta de combustível, já que o hipotiroidismo é a produção insuficiente de hormônios, tudo começa a funcionar mais lentamente. A pessoa tende a ficar mais pesada devido a retenção de líquidos. Confira os sintomas:
• Depressão;
• Bradicardia (o coração bate mais devagar);
• Intestino preso;
• Na mulher, a menstruação fica irregular e deixa de ovular;
• Diminuição da memória;
• Cansaço excessivo;
• Dores musculares e nas juntas;
• Sonolência excessiva;
• Pele seca e queda de cabelos;
• Ganho de peso;
• Aumento de colesterol no sangue

Jornal Sete Dias, 18/07/2014

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